sexta-feira, 30 de novembro de 2012

... a música

Bali tem uma trilha sonora própria. Por todos os cantos, ouve-se o soar de tambores, batuques e instrumentos muito inusitados. A música torna a ilha ainda mais mágica e encantadora.






... o vulcão

Três imensos vulcões, um deles ainda ativo, parecem assombrar Bali. Os gigantes estão no meio da ilha, dominando a paisagem montanhosa e sempre cobertas com carregadas nuvens. O mais famoso deles é o Monte Batur, com um lindo lago a seus pés e vários vilarejos que parecem vigiar o vulcão, que deu sinal de vida pela última vez em 1985.






... a areia preta

Os vulcões de Bali têm o seu charme, mas também custam um alto preço à ilha. Boa parte das praias são tomadas por areias vulcânicas pretas, pretinhas.


Não gostamos nada da paisagem! Mas, tirando o "preconceito racial", a areia é fininha e agradável de se tocar como qualquer outra.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

... os arrozais

Os campos de arroz são a atração mais charmosa da ilha de Bali. Além dos mais variados tons de verde e de uma beleza indescritível, os arrozais guardam as tradições, os costumes e a cultura do povo balinês.




Nós visitamos os terraços de arroz no vilarejo de Tegallalang, perto de Ubud, cenário da parte romântica do livro e do filme Comer, Rezar e Amar. Mas os arrozais estão por todos os cantos e, em nossas viagens de moto pela ilha, esbarramos nas plantações o tempo todo. São de impressionar a simplicidade dos trabalhadores e a união das comunidades em todas as etapas da produção, desde o plantio até a colheita e a secagem do arroz.





... o convite

Durante nossa visita ao campo de arroz de Tegallalang, recebemos um valioso convite para um almoço na casa dos nativos da ilha. Entendam como “casa” uma choupana de bambu em que as pilastras são duas árvores. Claro que aceitamos na hora!




Eu fui servida com um coco apanhado na hora. O dono da casa, esse magérrimo senhor de quase 70 anos, subiu no coqueiro de uns 8 metros de altura para colher a iguaria.


O Renato experimentou um arroz cozido na hora, branquinho e sem nenhum tempero, servido na folha de bananeira.



Amamos o “banquete”! Mas três acontecimentos fizeram do almoço um episódio inesquecível. Primeiro, a dona da casa me recebeu com um cumprimento no mínimo louco. Ao chegar na porta da casa, ela sorriu para mim sem nenhum dente na boca e levantou a blusa para me mostrar os seios dela. Para aumentar o meu espanto, ela veio com a mão para o meu lado e apertou os meus...  Por favor, alguém me explica o significado desta saudação???
Em seguida, um dos trabalhadores do campo de arroz se aproximou de mim. Mas aproximou mesmo, ficando a menos de um palmo. E, com um sorriso simpático, tirou meus óculos escuros e colocou no rosto dele! Uma peça rara aquele senhorzinho posando de Ray-Ban... No entanto, foi depois que ele tirou os óculos para me devolvê-los que eu entendi o porquê de tudo aquilo. O velhinho parecia sofrer de uma catarata brava... A íris dele era esbranquiçada, como se uma nuvem repousasse ali em seus olhos. Coitado, acho que ele viu nos meus óculos uma chance de melhorar a visão.



E, por último, esse mesmo trabalhador, numa demonstração de higiene e vaidade “escovou” os dentes ali em público quando o Renato quis fotografá-lo depois do almoço. Com uma bucha de ervas avermelhadas nos dedos, ele esfregou dente por dente... E, depois, já com aquela coisa toda molhada e soltando tinta, ele esfregou os lábios e cuspiu várias vezes no chão... Haja estômago, viu! Rsrsrs...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

... Bali

Estamos em Bali. Mas não esperem, pelo menos por enquanto, pelas fotos de praias paradisíacas que fazem a fama da mais badalada ilha da Indonésia. Nós nos demos ao luxo de deixar o litoral para depois e decidimos explorar primeiro a maior riqueza de Bali: a cultura.
Os rituais, a música, os templos, os cheiros, a arquitetura, as comidas... essa excêntrica mistura faz da ilha um lugar mágico. Alugamos uma moto (tipo uma lambreta) para percorrer o interior de Bali e, em cinco dias de andanças, ainda não cansamos de nos surpreender com tanta diversidade e loucura!



O primeiro impacto foi a arquitetura típica da ilha e foi difícil aprender a diferenciar uma casa de um templo. Depois de algumas conversas, descobrimos que, de acordo com os preceitos do hinduísmo balinês, religião predominante aqui, todo lar tem um templo próprio. E não é um altarzinho não. É um templo de verdade, com esculturas, espaço para orações, cultos e cerimônias. Essa complexa estrutura ocupa toda a frente da casa e, nos fundos, estão os quartos. Os balineses constroem vários cômodos, a maioria sem paredes (só com quatro pilastras e um telhado por cima), e dormem ali na maior simplicidade do mundo.



Os templos são marcados por uma estrutura gigantesca para as cerimônias coletivas. Mas, na prática, observamos que o maior diferencial entre uma casa e um templo é que os lares estão sempre de portas abertas e os moradores te recebem e te convidam para entrar com um sorriso. Já nos templos, crescem o olho no seu dinheiro! Um saco! Cobram ingresso, estacionamento, aluguel do sarongue obrigatório para a visita e ainda te obrigam a contratar um guia para falar na sua cabeça um inglês incompreensível. Apesar das chateações, a beleza dos templos vale a visita.









... as divindades

Aos nossos olhos, as divindades hindus têm um ar meio demoníaco. Mas a adoração dos balineses é tamanha que até passamos a admirá-los.







... as oferendas

Pequenos cestos feitos com folha de bananeira e repletos de oferendas são outra marca registrada de Bali. No hinduísmo balinês, as pessoas mantêm vivo o costume de oferecer, às divindades e aos espíritos de seus antepassados, um pouco do que elas consomem, ou seja, arroz, carne, doces, balas... tudo ornamentado com flores e incensos. Nos lembramos do velho costume brasileiro de dar sempre “um chorinho para o santo!”. Rsrsrs...