segunda-feira, 30 de julho de 2012
... o hebraico
O hebraico é uma língua tão indecifrável para nós que, ao pegarmos qualquer papel ou cardápio escrito com essas letrinhas esquisitas, nossa primeira reação é achar que ele está de cabeça para baixo.
Desde que chegamos a Israel, só conseguimos orientar nossa leitura com base nos números...
Uma amostra é essa passagem de ônibus que compramos hoje para deixar Tel-Aviv:
Alguém se arrisca a dizer nosso próximo destino?
Se alguém souber, por favor, fale rápido. Pois nem nós sabemos se acertamos na compra... Contamos apenas com a boa vontade do atendente.
E esta compra no supermercado?
Damos um pedaço de queijo para quem adivinhar do que se trata!
Desde que chegamos a Israel, só conseguimos orientar nossa leitura com base nos números...
Uma amostra é essa passagem de ônibus que compramos hoje para deixar Tel-Aviv:
Alguém se arrisca a dizer nosso próximo destino?
Se alguém souber, por favor, fale rápido. Pois nem nós sabemos se acertamos na compra... Contamos apenas com a boa vontade do atendente.
E esta compra no supermercado?
Damos um pedaço de queijo para quem adivinhar do que se trata!
domingo, 29 de julho de 2012
... o patriotismo (atualizado)
Apesar das férias da viagem (rsrsrs...), não podemos deixar de registrar o que nos aconteceu hoje. No fim da tarde em Tel-Aviv, procuramos um bar charmoso para ver o pôr-do-sol no Mediterrâneo, bem romântico...
E fomos presenteados com uma trilha sonora especial: Cartola, Tom Jobim, Elis Regina, Gilberto Gil e Jorge Benjor... Tudo isso mesclado a uma seleção fina de músicas francesas e espanholas. Ficamos super orgulhosos do nosso país que, felizmente, não é lembrado apenas por Michel Teló e companhia.
Outro detalhe que enche de alegria o nosso coração patriota: nunca vi na vida tantas cangas e toalhas de praia com bandeiras do Brasil e imagens do calçadão de Copacabana como em Tel-Aviv. E, nos pés de turistas e israelenses, só aparecem as sandálias Havaianas, legítimas e falsificadas.
E fomos presenteados com uma trilha sonora especial: Cartola, Tom Jobim, Elis Regina, Gilberto Gil e Jorge Benjor... Tudo isso mesclado a uma seleção fina de músicas francesas e espanholas. Ficamos super orgulhosos do nosso país que, felizmente, não é lembrado apenas por Michel Teló e companhia.
Outro detalhe que enche de alegria o nosso coração patriota: nunca vi na vida tantas cangas e toalhas de praia com bandeiras do Brasil e imagens do calçadão de Copacabana como em Tel-Aviv. E, nos pés de turistas e israelenses, só aparecem as sandálias Havaianas, legítimas e falsificadas.
sábado, 28 de julho de 2012
... Tel-Aviv
Estão vendo esse lugar de areia fina e branca, água morna do Mar Mediterrâneo e quiosques com sombra fresca? Esse paraíso é Tel-Aviv, cidade onde chegamos hoje com a ideia fixa de curtir a praia e esquecer o resto do mundo.
Portanto, decretamos "férias" de dois dias da viagem! Rsrsrs... Trocando em miúdos, vamos dar uma folga para a máquina fotográfica, o computador e, principalmente, para os nossos pés cheios de bolhas. Nas próximas 48 horas, está proibido visitar mercados, igrejas e monumentos. A intenção é nos cansar apenas de ficar de pernas pro ar...
sexta-feira, 27 de julho de 2012
... Jerusalém
A cidade, conhecida durante milênios por conflitos e guerras, nos surpreendeu com a paz, a harmonia e a boa convivência entre as crenças. Jerusalém é uma terra sagrada para as três religiões monoteístas do mundo e nunca poderíamos imaginar que cruzaríamos com judeus, cristãos e muçulmanos, todos juntos, em cada esquina.
A diversidade é tamanha que, enquanto os nossos olhos assistem às preces judaicas diante do Muro das Lamentações, os nossos ouvidos se dividem entre o chamado dos minaretes muçulmanos e o dobrar de sinos das igrejas cristãs. Tudo isso simultaneamente!
Há dois dias em Jerusalém, vivemos momentos mágicos de respeito às diferenças, fé e reflexão.
Nossas famílias estão lembradas em cada um desses templos sagrados.
Para o Cleider, suplicamos por luz e paz; para o Tio Deiner, Cleire e Deile, invocamos força; e para meu pai, mãe, Tunai, tios e avós, pedimos por amor e solidariedade. A religião nos permite estar aí mais perto de vocês nessa hora tão difícil.
A diversidade é tamanha que, enquanto os nossos olhos assistem às preces judaicas diante do Muro das Lamentações, os nossos ouvidos se dividem entre o chamado dos minaretes muçulmanos e o dobrar de sinos das igrejas cristãs. Tudo isso simultaneamente!
Há dois dias em Jerusalém, vivemos momentos mágicos de respeito às diferenças, fé e reflexão.
Nossas famílias estão lembradas em cada um desses templos sagrados.
Para o Cleider, suplicamos por luz e paz; para o Tio Deiner, Cleire e Deile, invocamos força; e para meu pai, mãe, Tunai, tios e avós, pedimos por amor e solidariedade. A religião nos permite estar aí mais perto de vocês nessa hora tão difícil.
... os judeus
O Muro das Lamentações é o principal ícone da cultura judaica e é indescritível a emoção de tocá-lo e colocar, entre as suas pedras, um papelzinho com um pedido e um agradecimento especial.
Agora, vamos a um pouquinho da história desse monumento, que tanto nos encantou. O Muro das Lamentações é o único vestígio da fortaleza erguida para proteger o Monte Moriá, lugar onde Abraão teria oferecido seu filho Isaac em sacrifício a Deus. As muralhas foram destruídas e reerguidas em Jerusalém ao longo dos tempos, durante conflitos dos judeus com outros povos, como babilônios e romanos.
O nome do muro vem da proibição de ingresso dos judeus nas ruínas do edifício durante o domínio de Roma na cidade. Com isso, eles passaram a rezar aos pés do muro e a lamentar a destruição do templo.
Agora, vamos a um pouquinho da história desse monumento, que tanto nos encantou. O Muro das Lamentações é o único vestígio da fortaleza erguida para proteger o Monte Moriá, lugar onde Abraão teria oferecido seu filho Isaac em sacrifício a Deus. As muralhas foram destruídas e reerguidas em Jerusalém ao longo dos tempos, durante conflitos dos judeus com outros povos, como babilônios e romanos.
O nome do muro vem da proibição de ingresso dos judeus nas ruínas do edifício durante o domínio de Roma na cidade. Com isso, eles passaram a rezar aos pés do muro e a lamentar a destruição do templo.
... os cristãos
Cenário da Última Ceia, da crucificação e da ressurreição de Cristo, Jerusalém é uma cidade mágica para os cristãos.
Todas aquelas histórias bíblicas e nomes sagrados que ouvimos a vida toda têm uma raiz muita profunda na capital de Israel e, indepedentemente da sua religião, é impossível não se emocionar ao visitar os lugares santos.
Nós tivemos a sorte de acompanhar, nesta sexta-feira, uma procissão dos Franciscanos por Jerusalém, em que eles percorrem a chamada Via Dolorosa. Durante mais de duas horas, os religiosos visitam os 14 pontos do caminho em que Cristo carregou a Cruz, num trajeto de pouco mais de um quilômetro. Para leigos no assunto (assim como eu, que não fiz sequer catecismo), foi impressionante conhecer um pouco mais da história desses lugares.
A procissão termina na Igreja do Santo Sepulcro, onde Jesus foi crucificado e sepultado e de onde ressuscitou no Domingo de Páscoa.
Pela manhã, antes da procissão, visitamos, na cidade de Belém (a 20 minutos de Jerusalém), a Igreja da Natividade onde, segundo a tradição, Jesus nasceu.
Um detalhe chamou a nossa atenção em todos esses templos cristãos: a simplicidade. As igrejas de Jerusalém não estão cobertas de ouro, pinturas e ostentações, mas estão ricamente carregadas de história e emoção.
Para mim, essa visita teve um significado muito especial, pois, pela primeira vez, não me senti pequena, nem insignificante ao entrar numa igreja. Não sei se consegui me expressar bem, mas é exatamente assim que me vejo ao colocar os pés em enormes basílicas espalhadas pelo Brasil e pela Europa.
E, mais uma vez, me permito fazer uma reflexão: começo a pensar que as catedrais ocidentais (por exemplo, as de Roma) são galerias de arte onde a história de Cristo está retratada em telas de mestres da pintura e outros objetos de valor material. Em Jerusalém, a simplicidade dos templos transmite uma veracidade maior e nos faz sentir de maneira mais intensa uma presença divina.
Todas aquelas histórias bíblicas e nomes sagrados que ouvimos a vida toda têm uma raiz muita profunda na capital de Israel e, indepedentemente da sua religião, é impossível não se emocionar ao visitar os lugares santos.
Nós tivemos a sorte de acompanhar, nesta sexta-feira, uma procissão dos Franciscanos por Jerusalém, em que eles percorrem a chamada Via Dolorosa. Durante mais de duas horas, os religiosos visitam os 14 pontos do caminho em que Cristo carregou a Cruz, num trajeto de pouco mais de um quilômetro. Para leigos no assunto (assim como eu, que não fiz sequer catecismo), foi impressionante conhecer um pouco mais da história desses lugares.
A procissão termina na Igreja do Santo Sepulcro, onde Jesus foi crucificado e sepultado e de onde ressuscitou no Domingo de Páscoa.
Pela manhã, antes da procissão, visitamos, na cidade de Belém (a 20 minutos de Jerusalém), a Igreja da Natividade onde, segundo a tradição, Jesus nasceu.
Um detalhe chamou a nossa atenção em todos esses templos cristãos: a simplicidade. As igrejas de Jerusalém não estão cobertas de ouro, pinturas e ostentações, mas estão ricamente carregadas de história e emoção.
Para mim, essa visita teve um significado muito especial, pois, pela primeira vez, não me senti pequena, nem insignificante ao entrar numa igreja. Não sei se consegui me expressar bem, mas é exatamente assim que me vejo ao colocar os pés em enormes basílicas espalhadas pelo Brasil e pela Europa.
E, mais uma vez, me permito fazer uma reflexão: começo a pensar que as catedrais ocidentais (por exemplo, as de Roma) são galerias de arte onde a história de Cristo está retratada em telas de mestres da pintura e outros objetos de valor material. Em Jerusalém, a simplicidade dos templos transmite uma veracidade maior e nos faz sentir de maneira mais intensa uma presença divina.
... os muçulmanos
Por fim, Jerusalém é uma cidade sagrada também para os muçulmanos por ser a terra onde, segundo a tradição, o profeta Maomé ascendeu ao céu.
Durante o Ramadan, a presença deles na parte antiga da cidade aumenta muito. Nas sextas-feiras em especial, dia sagrado para os muçulmanos, o Monte do Templo de Jerusalém é exclusivo para eles.
Durante o Ramadan, a presença deles na parte antiga da cidade aumenta muito. Nas sextas-feiras em especial, dia sagrado para os muçulmanos, o Monte do Templo de Jerusalém é exclusivo para eles.
... o pão
Só para deixar a Yeyé e o Tunai com água na boca, vai aí uma foto dos pães de Israel!
Vocês não acreditam que sonho...
Em algumas bancas, eles são vendidos quentinhos. Deu para sentir o cheiro daí?
E eles são sempre cobertos com gergelim ou com umas bolinhas pretas minúsculas... Como esse tempero chama mesmo, Yeyé?
Vocês não acreditam que sonho...
Em algumas bancas, eles são vendidos quentinhos. Deu para sentir o cheiro daí?
E eles são sempre cobertos com gergelim ou com umas bolinhas pretas minúsculas... Como esse tempero chama mesmo, Yeyé?
quarta-feira, 25 de julho de 2012
... Israel
Finalmente, estamos de volta à civilização!
Deixamos o Cairo para trás, infelizmente com uma boa lembrança apenas das pirâmides, e chegamos hoje à Israel. Estamos na linda cidade de Eilat, às margens do Mar Vermelho. Vocês não acreditam como foi bom ver de novo faixa de pedestres (e não ter de atravessar ruas entre carros, motos, ônibus e vans buzinando freneticamente), almoçar num restaurante de verdade e encontrar turistas.
Foi aqui em Eilat que a Rainha de Sabá chegou para a sua histórica visita ao Rei Salomão. Mas encontramos pouco (ou melhor, nada) desses detalhes culturais por aqui... Na verdade, ficamos tão deslumbrados ao ver o Mar Vermelho, com águas transparentes, que só pensamos em deixar as malas no hotel e correr para a praia.
Aliás, ficar submerso no mar é a única chance de não morrer assado em Eilat. Esta foto do Renato, com um termômetro marcando 44 graus, às 17h, não me deixa mentir... E, para agravar a sensação térmica, a cidade recebe um vento constante do deserto que eu não arriscaria chamar de brisa, e sim de bafo!
Um detalhe curioso é a alta concentração de sal nas águas do Mar Vermelho, que nos permite boiar com a maior facilidade do mundo... A Dona Lourdes ia amar! Tem tanto sal que, ao secar, você fica com manchas brancas pelo corpo todo. Muito interessante!
Outra curiosidade é a possibilidade única oferecida pelo Mar Vermelho de banhar em suas águas admirando, simultaneamente, quatro países distintos. É isso mesmo! Da praia, é possível avistar um pedacinho de terra do Egito, de Israel, da Jordânia e da Arábia Saudita.
... a revolta
Hoje, conversamos horas e horas com uma jornalista sueca que vive no Cairo e ela confirmou nossas principais suspeitas para a péssima impressão que tivemos da capital do Egito. Assim como a Yeyé o Tio Hudson disseram, o país, que nunca foi dos mais ricos, está sofrendo as pesadas consequências da revolução que ficou conhecida como Primavera Árabe.
A falta de infraestrutura é resultado da ausência de um governo formal durante o último ano inteiro. Com a queda da ditadura de Mubarak, o país ficou sem Polícia, sem fiscalização nas ruas e vários órgãos administrativos pararam de funcionar. O caos se instalou completamente, os camelôs tomaram as vias públicas e, claro, os turistas desapareceram.
Lamentamos a situação degradante de abandono na qual o país se encontra. Até mesmo o precioso Museu Egípcio, com múmias, tesouros e outras relíquias dos faraós, mais parece um depósito de peças. A famosa Praça Tahrir assusta com a imagem do prédio-sede do partido do ex-presidente incendiado e abandonado.
E, para vocês não dizerem que estou exagerando, olhem a fachada do nosso hotel no Cairo. (Confesso que estou com vergonha de publicar isso!)
Agora digam se não é vergonhoso? Só para uma comparação, coloco aqui uma imagem do hotel em que acabamos de nos hospedar em Israel... Deu para sentir a diferença???
Como admiradores da riqueza histórica e cultural do Egito, torcemos para que o país se recupere logo e possa abrir novamente as portas para o turismo.
terça-feira, 24 de julho de 2012
... as pirâmides
Nada que vimos nos livros, guias turísticos ou cartões-postais consegue retratar a beleza das pirâmides do Egito. Estar aos pés desses monumentos faraônicos é uma emoção indescritível, que eu e Renato tivemos a sorte de sentir na última segunda-feira. A grandiosidade dessas construções é algo impossível de narrar, portanto, deixo as fotos da nossa visita falarem por mim.
Até chegar aqui, eu pensava que os antigos egípcios erguiam esses mausoléus por obsessão ou medo da morte. Mas, agora, pude entender que a verdadeira razão das pirâmides era a crença dos faraós na vida eterna. Visitamos também o Museu Egípcio do Cairo e vimos de perto os tesouros que eram enterrados junto com os faraós para que eles fizessem a transição para uma outra vida. E, o mais legal é constatar que eles realmente conseguiram ser cultuados e adorados pela eternidade. Afinal de contas, mais de 5 mil anos depois de mortos, eles continuam sob os holofotes de cientistas, turistas, arqueólogos...
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