Por trás de uma túnica cor de açafrão, quase sempre mora um monge alegre e falador. Ao visitar um templo budista em Luang Prabang, basta abrir um sorriso para um dos noviços que eles logo se aproximam e, com a desculpa de praticar inglês com os turistas, contam quase a vida toda deles e perguntam tudo sobre a sua.
Nós ficamos amigos de um monge no Templo VanMano e esta aproximação nos rendeu ótimas experiências.
O Juph, de 16 anos, é noviço desde os 13, mas ainda não tem certeza se vai seguir a “carreira” de monge. Assim como centenas de garotos no Laos, ele passa parte da juventude nos templos como noviço para poder ter acesso a uma educação de qualidade. Na nossa concepção, isso equivale aos antigos colégios internos do Brasil.
Fizemos várias visitas ao Juph no templo, onde ele nos deixou assistir às orações e bênçãos dos monges, me ensinou uma prece budista e contou histórias pessoais. A parte mais cômica foi quando eu, poeticamente, pedi a ele o endereço do templo para continuarmos nos correspondendo no futuro. Com uma cara de espanto, ele perguntou se eu queria enviar uma carta a ele. E, diante da minha afirmativa, Juph indagou: “mas você não acha mais fácil me mandar um e-mail?”... Ahhhh??? Como assim??? Um monge tem e-mail? Tem sim! E, para me dar um banho de modernidade, ele sacou um seu IPhone do bolso, anotou nosso e-mail e adicionou o Renato na lista de amigos dele no Facebook! Rsrsrs... Fiquei de queixo caído e prometo um dia ser high-tech como um monge budista, pois não tenho Facebook e, atualmente, nem celular! Rsrsrs...
Além do Juph, conversamos até cansar com monges de vários templos de Luang Prabang e observamos de perto a rotina deles.
Que monge mais bonito!Quando ele sair dai,vai chover monja na vida dele.Vó Dani.
ResponderExcluirMas, o templo é ma-ra-vi-lho-so!!!
ResponderExcluirÉ uma pena, mas coincidentemente, eu vi ontem, num site que não me lembro, a dificuldade que eles estão enfrentando pra manter acesa a beleza, a simplicidade e a pureza dessa cultura entre os monges e, no texto, fizeram exatamente essa comparação entre a cultura milenar e o chamado monge da era do iPhone.