Durante nossa visita ao campo de arroz de Tegallalang, recebemos um valioso convite para um almoço na casa dos nativos da ilha. Entendam como “casa” uma choupana de bambu em que as pilastras são duas árvores. Claro que aceitamos na hora!
Eu fui servida com um coco apanhado na hora. O dono da casa, esse magérrimo senhor de quase 70 anos, subiu no coqueiro de uns 8 metros de altura para colher a iguaria.
O Renato experimentou um arroz cozido na hora, branquinho e sem nenhum tempero, servido na folha de bananeira.
Amamos o “banquete”! Mas três acontecimentos fizeram do almoço um episódio inesquecível. Primeiro, a dona da casa me recebeu com um cumprimento no mínimo louco. Ao chegar na porta da casa, ela sorriu para mim sem nenhum dente na boca e levantou a blusa para me mostrar os seios dela. Para aumentar o meu espanto, ela veio com a mão para o meu lado e apertou os meus... Por favor, alguém me explica o significado desta saudação???
Em seguida, um dos trabalhadores do campo de arroz se aproximou de mim. Mas aproximou mesmo, ficando a menos de um palmo. E, com um sorriso simpático, tirou meus óculos escuros e colocou no rosto dele! Uma peça rara aquele senhorzinho posando de Ray-Ban... No entanto, foi depois que ele tirou os óculos para me devolvê-los que eu entendi o porquê de tudo aquilo. O velhinho parecia sofrer de uma catarata brava... A íris dele era esbranquiçada, como se uma nuvem repousasse ali em seus olhos. Coitado, acho que ele viu nos meus óculos uma chance de melhorar a visão.
E, por último, esse mesmo trabalhador, numa demonstração de higiene e vaidade “escovou” os dentes ali em público quando o Renato quis fotografá-lo depois do almoço. Com uma bucha de ervas avermelhadas nos dedos, ele esfregou dente por dente... E, depois, já com aquela coisa toda molhada e soltando tinta, ele esfregou os lábios e cuspiu várias vezes no chão... Haja estômago, viu! Rsrsrs...
Agradeço a eles pela recepção que deram a você e ao Renato! Essa viagem de vocês, tem colocado muita gente na minha lista "preferencial"! hehehe.. "Quem meu filho beija, minha boca adoça"!, está virando mania: fico o tempo todo com a boca doce!! Agradeço a todos, um por um, de coração!
ResponderExcluirO nosso rosto conta muito da nossa história. As nossas mãos também. Os pés carregam o peso do nosso corpo e a leveza dos nossos ideais. Talvez, por isso, sejam os mais sofridos!
ResponderExcluirEu e você, Toméia, sabemos do que estamos falando, mas diante "da imagem", estou me sentindo a Cinderela do pedaço!
Putz... que experiencia de vida/viagem fantástica! Muita coisa pra contar! hehe
ResponderExcluirEu e o Romanelli estamos fazendo alguns planos já... teremos de alugar um ônibus para viajar tanta gente!
Abraços!!
Simplesmente fantástico.... Tenho me surpreendido com sua viagem a cada vez que entro em seus blog. Como uma viagem tem mudado não somente a vida de vocês mas a nossa também, que pela postagens suas tem nos mostrados um mundo tão lindo e inusitado. Parabéns!
ResponderExcluirLeopoldo